quarta-feira, 17 de maio de 2017

Filha do lendário surfista, Daniel Friedmann, Rebecca abre exposição no T.T.Burger dia 22/5



Uma carioca apaixonada por fotografia e cinema, Rebeca Friedmann, revela preciosas imagens na sua segunda exposição individual, “Instantes Anônimos”, de 22 de maio a 5 de junho, no T.T.Burger da Olegário Maciel, na Barra da Tijuca.

Filha do lendário surfista, Daniel Friedmann, um dos precursores do esporte no país e primeiro brasileiro a ganhar um campeonato internacional, o Waimea 5000, ela não nega o pedigree mas vai além. Ama as ondas, as viagens, a California mas, embora tenha vários cliques do mar, seu foco é na expressão das pessoas e paisagens do mundo, em cada canto que passou. Seus registros são sempre poéticos e às vezes jornalísticos, como a imagem que revela um alpinista agradecendo aos céus pelo fim da escalada, no mesmo instante em que ela chegou no cume, numa montanha na África do Sul, ou na força da expressão de uma anônima, ao dar uma explicação durante as suas andanças no Uruguai.

- Tem gente que diz que eu tenho que parar para viver aquele momento ao invés de fotografar, mas quando eu registro posso revivê-lo infinitamente! - diz Rebecca, que não cansa de rever todas as suas viagens e fotos, que começaram aos 15 anos quando morou na Califórnia e ganhou sua primeira câmera digital.

A exposição conta com os mais recentes registros feitos em Israel, no ano passado, onde participou do Taglit – programa patrocinado pelo governo israelense para jovens judeus de todo mundo conhecerem Israel. Para conhecer melhor o país, seu povo e tirar muitas fotos, ficou por lá mais dois meses. Entre as imagens, expressões alegres como a do mestre do Taglit, um rabino brasileiro; a sorridente palestina- israelense, no momento que explicava a necessidade do uso da burca para entrar na sua aldeia; o músico tocando harpa no tradicional Arab Souk, mercado árabe da Cidade Velha de Jerusalém. Ainda teve a oportunidade de conhecer e clicar um casal de noivos de meia idade, momentos antes do ensaio fotográfico para o álbum de casamento e percorrer a travessia da Massada às 4h da madrugada, para ver o nascer do sol no litoral sudoeste do Mar Morto, “uma das coisas mais lindas do deserto”, com penhascos íngremes e terrenos acidentados.

“Sempre gostei de ver o álbum da minha mãe, ver como ela era, os amigos. Não vivemos para sempre, precisamos das memórias”.

Rebecca também fez um recorte da sua viagem para Cape Town, na África do Sul, durante o programa SAVE Foundation, para trabalho em projetos humanitários, em 2014. Com uma Cannon T3 e um curso na bagagem, começou a “tirar foto pra valer”. De lá, vieram os olhares ora assustados ora risonhos de crianças que vivem em situação de risco e da menina encolhida de frio durante acampamento.

Também há boas lembranças do Uruguai, como a menina observando a ovelha peluda que se preparava para a tosa e o motoqueiro com um escritório no console da moto, em Montevidéu. Várias cenas típicas do Rio não poderiam ficar de fora: o tradicional castelo de areia e seu artista rastafári; a elegância do funcionário do shopping Downtown em momento de relax; a praia com biquínis e gaivotas, o sanfoneiro, a jovem chefe de cozinha por trás da cortina de fuets; um músico de rua no mirante do Leblon e os grafiteiros cariocas.

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